Informe PMSB impresso detalha o plano e a sinalização orientativa

Começou a distribuição do boletim INFORME PMSB. Após a realização de diversas campanhas por meio da internet, jornal e rádio, o Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) lança uma publicação impressa que condensa as informações deste modelo de planejamento preventivo inédito no Brasil, sobre as quais a população congonhense, principalmente das 4.604 famílias que moram ou circulam pela área de influência de barragens da cidade, precisa ter conhecimento. Esta edição dá destaque especial à sinalização orientativa, que acaba de ser implantada na cidade.

 

O PMSB foi criado pela Prefeitura de Congonhas, com apoio das empresas CSN Mineração, Gerdau, Vale, acompanhamento do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e gestão da Adesiap.

Apresentação esclarece dúvidas de vereadores sobre placas e outras etapas do PMSB

Foto: Carolina Lacerda

O Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB), por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico e Social dos Inconfidentes e Alto Paraopeba (Adesiap), apresentou aos vereadores e à sociedade congonhense, durante a 38ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal, uma atualização das etapas já executadas e das que ainda estão previstas durante a implementação desta iniciativa pioneira no Brasil. Estiveram presentes Cristiane Araújo, coordenadora da unidade de Congonhas, e Nilmara Soares, gerente de projetos da agência.

 

Em julho de 2019, o projeto de criação do PMSB, de iniciativa do Município, havia sido apresentado àquela casa legislativa, durante uma Audiência Pública, realizada pela Assembleia Legislativa.

Foto: Carolina Lacerda

Nesta segunda apresentação na Câmara Municipal, antes de responder a perguntas dos vereadores, a coordenadora do PMSB, Nilmara Soares, lembrou aos presentes e aos internautas que acompanharam a transmissão ao vivo pelo Youtube que a proposta de criação do PMSB surgiu em 2017 por iniciativa da Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil da Prefeitura de Congonhas. As conversas avançaram com as empresas do ramo minero-siderúrgico instaladas no município e seu entorno, Estado, Governo Federal e a comunidade. Processo este que culminou com o lançamento oficial do Plano em 2020.

 

A governança do PMSB é feita pelo Grupo de Ação Mútua (GAM), formado por representantes da Prefeitura – Secretaria de Meio Ambiente e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Civil e Social – e das empresas CSN Mineração, Gerdau e Vale.

 

O PMSB conta também com cinco grupos técnicos, formados por profissionais especializados em cada uma das áreas de atuação e que representam o município e as empresas. Estes grupos se reúnem a cada 15 dias.

 

A Adesiap foi definida como gestora do Plano em 2020, após processo de seleção de fornecedores na modalidade carta convite, publicada pelo GAM (Grupo de Ação Mútua) do PMSB. Sua função é executar as ações definidas pelo GAM e grupos técnicos.

 

O Plano é executado com recursos privados da ordem de R$ 14 milhões, rateados entre as três empresas, de acordo o número de barragens de cada companhia, o impacto que cada uma dessas estruturas de contenção de rejeito, sedimento ou água podem causar. Nilmara Soares informou aos vereadores que “este valor, que já vem sendo investido no planejamento e execução do PMSB, fica em uma conta específica da Adesiap, para facilitar o processo de transparência. A contratação de fornecedores é feita pela Adesiap, mediante aprovação do GAM”.

 

O objetivo Plano Municipal de Segurança de Barragens, segundo sua coordenadora, é integrar as ações de segurança de barragens e as vivenciadas pela Defesa Civil Municipal, como inundações, deslizamento, desabamentos e incêndios, em torno de um único plano de contingenciamento. As legislações estadual e federal exigem a criação de tais planos.  

 

“Até então, cada empresa cuidava do seu Plano de Ação Emergencial de Barragem [PAEBM], obrigatório por lei. Na prática, acontecia, por exemplo, de uma rota de fuga de uma empresa direcionar a população para a área de risco de outra companhia. Havia ações individualizadas, como seminários orientativas, simulados, testes de sirene de cada uma delas, o que poderia causar transtorno para toda a comunidade congonhense”, descreveu o cenário anterior.

 

Então o PMSB criou o Plano de Contingenciamento Integrado, para planejar e executar ações preventivas e emergenciais; minimizar os danos às comunidades, às propriedades e ao meio ambiente, em caso de um eventual sinistro; promover e incentivar a cultura de prevenção.

 

A proposta da Prefeitura, lembrou Nilmara, foi, então, a de criação de um Plano de Evacuação Integrado, com uma só mancha de inundação integrada – a partir da sobreposição dos mapas de inundação das barragens, e a definição de rotas de fuga e pontos de encontro que possam ser utilizados em qualquer cenário de emergência.

 

A segunda etapa foi o Cadastramento Socioeconômico, realizado pela empresa Integratio Mediação Social e Sustentabilidade Ltda., com suporte oferecido pela Defesa Civil Municipal. Foram aplicados 19.206 questionários na área de influência de barragens, formada por 36 bairros. De acordo com o relatório, a pesquisa abrangeu 4.604 famílias, cadastrou 12.289 pessoas, dos quais 6,52% relataram possuir dificuldades de locomoção. Existem 9.012 imóveis, sendo 16% deles estabelecimentos comerciais. O percentual de casas ocupadas é de 63%.

 

Segundo os dados coletados, em 41,25% dos imóveis cadastrados, existe pelo menos um animal de estimação.

 

Já 12% dos imóveis possuem animais de criação, que são aqueles usados para consumo e/ou comércio.

 

Um estudo catalogou o patrimônio histórico, para que seja resgatado em tempo, em uma situação de risco; e outro, a flora, para eventual reflorestamento.

 

Nilmara Soares lembrou também que, em junho de 2022, foram realizados os Seminários Orientativos presenciais na Feira do Produtor Rural com transmissão pelo canal do PMSB no Youtube, com finalidade de preparar as comunidades para os simulados técnicos previstos para o primeiro semestre de 2023. Antes, houve campanha de comunicação e engajamento, com visita às casas da área de risco e entrega de panfleto. 

Sinalização orientativa

Foto: Carolina Lacerda

As placas começaram a ser instaladas em agosto de 2022. São  cerca de 2.100 placas indicativas de área de risco, toque da sirene, rota de fuga e ponto de encontro.

 

“Esta ação é obrigatória por lei, havendo risco de rompimento de barragem ou não. Esta sinalização orientativa, como todo o Plano de Evacuação Integrado, segue a Instrução Técnica 01/2021 da Defesa Civil de Minas Gerais. Distância entre as placas, a altura de cada uma, a disposição delas, a delimitação da área de risco, a localização das sirenes, dos pontos de encontro, tudo está de acordo com a legislação”, explica a gerente de projetos da Adesiap.  O fim desta instalação está previsto para este mês.

 

A implantação da sinalização orientativa foi realizada pela empresa que confeccionou as placas, que foi acompanhada de um profissional de outra responsável pela elaboração do Plano de Evacuação Integrado. A Defesa Civil e a Adesiap vistoriaram o serviço e solicitou pequenos reparos e a concretagem dos postes afixados nos passeios. Ajustes devem ser pequenos e seguir a Instrução Técnica 01/2021 da Defesa Civil Estadual. O órgão municipal de Defesa Civil fará nova revisão ao final deste serviço.

 

Após a instalação da sinalização orientativa, serão realizados simulados, obrigatórios por lei. As empresas estão realizando exercícios teóricos internos com participação da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros. No início de 2023, ocorrerá o simulado integrado e, posteriormente, após o período de chuvas, o simulado prático com envolvimento de toda a cidade. Para instruir melhor as comunidades para este exercício, estão previstos novos seminários orientativos.

 

“Importante ressaltar que a criação e implementação do PMSB não ocorreu em decorrência de um possível nível elevado de segurança das barragens. No momento, de acordo com informações dos órgãos reguladores, todas elas apresentam estabilidade,”, disse Nilmara Soares, que fez a seguinte consideração: “Em nosso País, a cultura de prevenção ainda é pouco difundida. As pessoas se assustam com o tema, o que é normal. Em outros lugares, como Estados Unidos e Japão, este assunto está presente nas instituições públicas, escolas, unidades de saúde, nas comunidades, em entidades, nas empresas. Bem melhor que haja conhecimento sobre a situação real e planejamento para minimizar possíveis danos”.

Estruturação do PMSB

O PMSB foi criado para planejar o desenvolvimento local de forma organizada, segura e sustentável; equipar os órgãos de proteção e defesa civil; elevar os níveis de segurança do município.

 

O Plano abrange algumas ações e marcos e foi estruturado em 5 eixos técnicos:

 

1-      Capacitação e estruturação física e de recursos para a Defesa Civil

  • O PMSB, por meio da CSN Mineração, Gerdau, Vale e gestão da Adesiap, entregou em 2020 à Defesa Civil Municipal duas caminhonetes Hilux.
  • O Plano também adquiriu e repassou para a Prefeitura de Congonhas um caminhão Auto Bomba Tanque Resgate e equipamentos como um desencarcerador e outros de proteção respiratória.

    “A especificação para a compra destes itens de última geração foi feita pelo próprio Corpo de Bombeiros. O veículo é adequado para ruas estreitas e de declive acentuado, típicos de uma cidade histórica”, detalhou.

  • Está em andamento a elaboração de projetos executivos de engenharia para construção do Centro de Controle de Operações Integradas, que integrará as ações da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e SAMU. Haverá neste centro uma sala de monitoramento e controle que fornecerá às autoridades e à população informações relativas a barragens, previsão meteorológica, nível dos rios, condição das encostas, situação das estradas, entre outras.

 

2-      Instrumento técnico de atuação emergencial – Placon-i

Integrará os PAEBM’s e o Plano de Contingência da Defesa Civil em um único documento.

 

3-      Comunicação integrada – instrumentação e planejamento

Este eixo cuida de toda a comunicação do projeto. O principal objetivo é integrar as ações de comunicação, para que a população receba informações seguras. A agência de comunicação In Group é responsável por propor e produzir conteúdos jornalísticos e campanhas publicitárias, que são avaliadas por este grupo técnico, formado por representantes do município e das três empresas.

 

O PMSB conta com um site, canal do Youtube e páginas do Facebook e Instagram. Em breve, será distribuído um jornal para levar informação clara de fácil entendimento à população. Estão previstos ainda a utilização do aplicativo Prox, graças a uma parceria de sua criadora, a CEMIG, com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), visando a melhorias principalmente nos procedimentos de comunicação de risco. “Ele permitirá a visualização de toda a mancha de inundação integrada e os elementos de autoproteção [rotas de fuga, pontos de encontro e sirenes], como o disparo de informações em tempo real por SMS e outros dispositivos móveis”, informou a coordenadora do PMSB.

 

4-      Engajamento e fomento à cultura de autoproteção (este Eixo terá início após a conclusão da sinalização orientativa)

Este eixo irá criar Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec’s). Voluntários serão capacitados e equipados para conduzirem as ações na comunidade em caso de emergência, antes mesmo da chegada dos serviços de salvamento e proteção.

 

“A participação popular é essencial para o sucesso do PMSB. O que gera a preocupação e o pânico é a falta de conhecimento sobre todo este planejamento”, analisou Nilmara Soares durante a 38ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Congonhas.

 

5-      Planejamento e gestão pública – revisão do Plano Diretor (Este eixo entrará em ação quando o Placon-i estiver concluído)

Esta revisão do Plano Diretor visa a evitar ocupações e construções indevidas, que iriam gerar novos riscos. 

Posto Avançado do Corpo de Bombeiro em Congonhas recebe moderno caminhão e equipamentos com investimento do PMSB

Foto: Carolina Lacerda

Uma das metas do Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) é contribuir para a estruturação física e qualificação da Defesa Civil Municipal. Já foram adquiridos veículos e equipamentos e está em curso o processo de construção do Centro de Controle e Comando da Defesa Civil, que integrará a atuação de forças de salvamento e segurança, como Defesa Civil, SAMU e Corpo de Bombeiros. O PMSB, por meio das empresas CSN Mineração, Gerdau e Vale e gestão da Adesiap, adquiriu e repassou para a Prefeitura de Congonhas um caminhão Auto Bomba Tanque Resgate, equipado com um desencarcerador e 4 kits completos de EAPR (Equipamento Autônomo de Proteção Respiratória) com cilindro de oxigênio e máscara para uso do Corpo de Bombeiros. Antes, a Defesa Civil Municipal havia recebido duas viaturas.

Foto: Carolina Lacerda

Nesta terça-feira, 18 de outubro, o Governo Municipal realizou a cerimônia oficial de cessão do veículo e dos equipamentos à 12ª Companhia Operacional de Bombeiro Militar, de Conselheiro Lafaiete, a que é subordinado o Posto Avançado de Congonhas da corporação militar.

 

A escolha da viatura foi feita pelo Corpo de Bombeiros e pela Defesa Civil, considerando as particularidades e as necessidades do município de Congonhas. Todas as especificações técnicas estão de acordo com as demandas da cidade para que a corporação possa atender a população de forma mais eficaz. “Congonhas é uma cidade história, com ruas estreitas, então os equipamentos são adquiridos conforme a cidade e à realidade. O caminhão tem capacidade de 4.500 litros. Com esta capacidade, conseguimos prestar uma primeira resposta efetiva, se precisar contamos com pontos de hidrante e outras tomadas de água, além de recursos adicionais de Lafaiete, São João Del Rei, Barbacena e Belo Horizonte”, explica o Tentente Radamés Lucas Hipólito, Comandante da 2ª Companhia Operacional de Bombeiro Militar, de Conselheiro Lafaiete.

Foto: Carolina Lacerda

Em Congonhas, este investimento das empresas para equipar melhor o Corpo de Bombeiros irá facilitar ação em atividades de combate a incêndio, salvamentos em altura, terrestre, neste caso em possíveis emergências relacionadas ao período chuvoso ou à segurança de barragens, e no salvamento veicular.

 

Minas Gerais é o estado do Brasil com a maior malha rodoviária, há um grande fluxo de veículos principalmente entre Belo Horizonte e Juiz de Fora e acabam ocorrendo diversos acidentes, muitos deles fatais. De acordo com o Tenente Radamés, “o desencarcerador é utilizado no golden hour (hora de ouro), em que temos de chegar bastante rápido até o local do acidente e colocar a vítima o quanto antes no ambiente hospitalar. Então, o desencarcerador mais potente nos faz ganhar segundos preciosos para retirada de uma ferragem, o que é muito positivo para a vítima”.

 

Para Tentente Radamés, o Plano Municipal de Segurança de Barragens, de Congonhas, é uma iniciativa interessante, porque capta recursos das empresas que o integram e investe nas forças de segurança e salvamento. “O foco é a segurança da população, por meio da Defesa Civil, e é aí que entra o Corpo de Bombeiros, porque, frente a uma ocorrência, atuaremos em conjunto com outras forças de proteção. É muito importante essa parceria proposta pela Prefeitura, com participação da CSN, Vale e Gerdau. Todos ganham com isso”.

 

Com a construção do Centro de Comando e Operação da Defesa Civil, estas forças de proteção irão atuar ainda de forma mais conjunta e poderá apresentar melhores resultados para Congonhas e região. “Às vezes, há uma ocorrência com um duplo empenho, por exemplo, SAMU e Bombeiros são chamados para uma mesma ocorrência. Essa integração das forças de segurança e salvamento é extremamente importante para alocar recursos e integrar as equipes. Em uma ocorrência, até em um olhar entre um bombeiro e um servidor do SAMU já sabemos o que o outro precisa. O PMSB vai nos permitir aprimorarmos isso e quem ganha é a sociedade”, completa.

 

O novo caminhão do Corpo de Bombeiros passará pela revisão anual e, em seguida, entrará em operação.

Foto: Carolina Lacerda

Presente à solenidade da cessão do caminhão e equipamentos ao Corpo de Bombeiros, o prefeito Dr. Cláudio Antônio de Souza (Dinho), afirmou que “Congonhas e região passam a contar com um equipamento de vanguarda. Quero parabenizar a todos aqueles que na época – nem foi no nosso mandato – fizeram a escolha de destinar um caminhão equipado para atender às demandas da cidade, por meio do Corpo de Bombeiros. A estruturação do sistema de defesa civil, por meio da aquisição pelas empresas de veículos e equipamentos, nos dá tranquilidade. Agradeço a todos que vestiram esta camisa e parabenizo à Adesiap, que assumiu a missão de fazer esta entrega, que demorou, mais por questões burocráticas do que intencionais”.

 

Dinho lembrou a falta que a fez o uso destes bens, repassados pelo PMSB à Prefeitura em 2021, já nos dois primeiros anos de seu mandato: “Nesses dois anos, passamos por momentos terríveis, por enchentes e por incêndios desenfreados, o que é muito triste. Fico muito feliz de ver que o município é vanguarda, graças ao PMSB, que prepara ações preventivas a diversos eventos relacionadas à segurança de barragens, inundações e incêndios”.

 

Secretário de Defesa Social e Segurança Pública e Social da Prefeitura de Congonhas e porta-voz do PMSB, Gláucio Ribeiro lembra que, “no momento de necessidade, o bombeiro é quem se direciona para o local de perigo. Estes novos equipamentos vão colaborar para proteger a cidade de riscos ambientais como queimadas, buscas e salvamentos no dia a dia. A preparação vem com a ferramenta e esta ferramenta será de grande serventia para todas as cidades que o Posto Avançado de Congonhas atende. Agradeço às empresas mineradoras, ao Ministério Público e à Prefeitura de Congonhas, que é pioneira em propor esta ação conjunta em favor da vida, o PMSB”.

Também presente à solenidade, o presidente da Adesiap Unidade Congonhas, Edson Adriano Santos, disse que, “com a entrega deste caminhão e os equipamentos ao Corpo de Bombeiros, termina a ansiedade de todos nós. A partir de agora, Congonhas terá melhores condições de atender aos possíveis sinistros, que esperamos que sejam poucos. Agradecemos à CSN, Gerdau e Vale que patrocinam o PMSB e adquiriram este veículo e equipamentos, de grande importância para Congonhas e região”.

O PMSB avança

O PMSB está avançando e tomando forma aos olhos da população, como afirma a gerente de projetos da Adesiap, entidade gestora do PMSB, Nilmara Soares. “Quando estava somente no papel, era difícil para as pessoas entenderem a importância do Plano para a qualidade de vida. Além de entregas importantes como o cadastramento socioeconômico da população que vive ou trabalha na área de influência de barragens, o plano de evacuação integrado, a realização de seminários orientativos, da criação da comunicação integrada para informar à população sobre o Plano, e de estar na fase final de implantação da sinalização orientativa,  avançamos nesta terça-feira nesta etapa de estruturação do sistema de defesa civil de Congonhas. Antes já havíamos entregue duas viaturas e outros equipamentos para a Defesa Civil, adquiridos também com recursos das empresas. Este ano ainda, serão realizados os simulados teóricos, no início de 2023 ocorrerão os simulados práticos para a população, os projetos básicos e executivos do Centro de Comando e Operação da Defesa Civil estão sendo elaborados e há previsão de ficarem prontos no início do próximo ano. Há muito o que fazer ainda, mas chegamos a uma fase bem interessante”, diz.

 

Nilmara finaliza afirmando que o envolvimento popular é fundamental para o sucesso do Plano Municipal de Segurança de Barragens: “Não conseguimos executar o PMSB, sem o envolvimento, a conscientização, a participação das pessoas. Nossas redes sociais, nosso site, nosso contatos estão disponíveis para que a população se informe e dê sugestões. Conclamamos a todos a participarem dos simulados, que irá preparar as comunidades para, se necessário algum dia, colocarem o plano de evacuação integrado do PMSB em ação.  

PMSB esclarece questões sobre sinalização orientativa que já é implantada na área urbana

Em frente ao Sine Congonhas na av. JK. Foto: Integratio

Seguindo a premissa de que o melhor caminho é o da segurança, como também o de cumprimento da legislação, o Plano Municipal de Segurança de Barragens (PMSB) chega à área central de Congonhas com o serviço de instalação de 1.866 placas de rotas de fuga e de pontos de encontro, das 2.056 previstas para toda a área de influência de barragens da cidade. Este sistema de orientação das comunidades compõe o Plano de Evacuação Integrado, que unificou os mapas de inundação das 17 barragens de responsabilidade da CSN Mineração, Gerdau e Vale.

 

Como a área de influência das barragens de Congonhas se estende da região Central até pontos mais distantes do município, o PMSB está setorizando a instalação dos 84 pontos de encontro em áreas menores, para reduzir o percurso do deslocamento, e não haver concentração de pessoas em determinados pontos.

 

Em qualquer local da área de influência que o morador ou visitante estiver, ele será direcionado para o ponto de encontro pelo melhor acesso.

Foto da esquerda: em frente ao Centro de Apoio Turístico na av. JK. Foto da direita: av. Jk., esquina com a Rua José Cardoso Osório. Crédito: Integratio

É normal haver placas apontando para sentidos diferentes nos limites dos setores dos pontos de encontro?

 

Sim, mas, somente uma placa será vista na rota de fuga, que leva a pessoa até o ponto de encontro correspondente, para não haver desorientação. Como exemplo, a placa mais próxima do SINE Congonhas direciona as pessoas para o bairro Zé Arigó. Já aquelas afixadas nas proximidades da Rodoviária direcionam as pessoas para o sentido do Residencial Goiabeiras. O objetivo sempre é reduzir a distância entre o início da rota de fuga e o ponto de encontro.

 

Por quê há placas de rota de fuga de uma barragem apontando para outra barragem?

 

O Plano de Evacuação Integrado do PMSB abrange 17 dessas barragens, e não somente uma ou outra.  O objetivo também neste caso é criar condições de deslocamento o mais rápido possível das pessoas para lugares que sejam seguros em qualquer situação de emergência relacionada ao PMSB, portanto uma rota de fuga de uma barragem não direciona o fluxo para a área de risco de outra dessas estruturas de contenção de rejeito, sedimento ou água. Bom lembrar também que o Plano de Evacuação Integrado contempla, além da segurança de barragens, ocorrências como enchentes e deslizamentos.

 

As rotas de fuga precisam evitar dificuldades de deslocamento, barreiras físicas, inclinações excessivas, transposição de obstáculos, para que atendam a toda a comunidade, inclusive a quem tenha alguma dificuldade de locomoção.

 

Por quê serão instaladas tantas placas?

 

O número total de placas é de 2.056, estabelecido com base na unificação das manchas de inundação de 17 barragens da CSN Mineração, Gerdau e Vale, para criar o Plano de Evacuação Integrado. A partir dessa integração e considerando os critérios estabelecidos pela Instrução Técnica CEDEC nº1/2021, foram definidos os locais de instalação e o número de placas.  Além de placas de rota de fuga e ponto de encontro, serão instaladas as de orientação de sirene e zona de risco em um segundo momento. 

Foto da esquerda: em frente ao Centro de Apoio Turístico na av. JK. Foto da direita: av. Jk., esquina com a Rua José Cardoso Osório. Crédito: Integratio

É permitido instalar estas placas de sinalização orientativa nas calçadas?

 

O PMSB recebeu Autorização Ambiental, expedida pela Secretaria de Meio Ambiente, da Prefeitura de Congonhas. Não é feita nenhuma outra interferência no passeio, se não a da fixação da própria placa. Todo esforço deve ser feito para garantir a mobilidade das pessoas pelas calçadas. Quando é possível, a implantação da sinalização é feita em postes de transmissão de energia, telecomunicações e iluminação pública já existentes.

o pmsb

O PMSB foi criado pelo Município, com apoio da CSN Mineração, Gerdau, Vale, gestão da Adesiap e acompanhamento do Ministério Público. Além de contribuir para a segurança de todos, o Plano pretende compatibilizar a atividade mineradora com a segurança da população.

 

Antes da instalação da sinalização orientativa, foram realizados o cadastramento socioeconômico da população situada na área de influência de barragens; a elaboração do Plano de Evacuação Integrado, os Seminários Orientativos, com objetivo de preparar a população para os simulados e outros treinamentos; que serão realizados após o próximo período chuvoso.

Novos esclarecimentos devem ser obtidos pelos telefones 199 e 3731-4133 da Defesa Civil Municipal e pelo email: contato@pmsbcongonhas.com.br.